Mais um pouco de arte

Entrevista com Yuri Campos

ComYurio você considera seu estilo de criação?

Considero meu estilo de criação como algo bastante metódico. Busco passar bastante tempo em etapas de planejamento, de forma que seja possível antecipar o máximo de problemas. Aprendi que para se obter uma boa imagem final, é necessário ter uma boa estrutura. Acredito que o momento de maior pureza das ideias acontece através da primeira leitura da obra, quando experiencio as sensações que o autor quer nos proporcionar. Depois disso, começo a pensar nos recursos imagéticos que podem intensificar essas sensações captadas.

Qual foi o maior desafio de criação que você enfrentou?

Comercialmente, acredito que foram os contos de Hans Christian Andersen para a Martin Claret. Apesar da fonte de inspiração infinita que é a obra dele, nunca havia precisado finalizar tantas peças em um espaço tão curto de tempo. Mas, em meus estudos, tento sempre me desafiar a fazer imagens mais complexas e elaboradas do que estou acostumado, para fugir da zona de conforto.

Você só é frAs Flores da Pequena Idaeela? Indica ser freela para quem quer começar na área de ilustração?

Atualmente trabalho como freelancer de ilustração e estudo design gráfico na UNESP de Bauru. Existe uma série de vantagens sobre atuar como freelancer no mercado, acredito que a principal delas seja a flexibilidade de horários para realizar suas encomendas. Mas, implica também em uma grande responsabilidade, pois é preciso manter o controle do andamento dos projetos. Existe também a questão da instabilidade em relação a frequência de trabalhos, o que pode causar certa insegurança para o artista. Mas acredito qO Valente Soldadinho de Chumboue o mais importante para começar na área de ilustração seja estudar para garantir uma fluência no processo de materialização de suas ideias, seja num ambiente de estúdio compartilhado ou como freelancer.

Como foi criar para a Editora Martin Claret? Você já trabalhou em diversos títulos que ficaram ótimos…

Gosto muito de trabalhar com a Martin Claret, primeiramente pela minha relação de longa data com suas antigas publicações. São títulos clássicos que me interessam bastante, fazendo com que o processo criativo aconteça de forma muito mais natural. Minha relação com o departamento editorial também é muito tranquila, são todos muito respeitosos e me permitem bastante liberdade de criação com briefings bastante objetivos.