Da arte da guerra foi escrito sob a forma de diálogo, mais no estilo dos diálogos de Cícero (106 –43 a.C.), o orador romano, do que dos de Platão (c.427– c.347 a.C.), o filósofo grego. A questão militar ocupa um lugar central na obra, cuja contribuição para o pensamento político é demonstrada no realismo de sua concepção sobre as relações existentes entre força e convencimento, e na dimensão ética da articulação entre fins e meios. Na obra, Maquiavel defende a importância do conhecimento sobre como obter e manter a força militar, bem como a necessidade dos cidadãos possuírem este preparo, a fim de garantir a sua liberdade e a do Estado.